BNA prevê inserção do risco climático na regulamentação bancária
Redigido por joaodesouzadubai on 09/11/2023
O Banco Nacional de Angola (BNA) prevê em 2024 a inserção do risco climático na regulamentação bancária, que vai ter impacto na forma como os bancos concedem crédito à economia, anunciou hoje, em Luanda, o vice-governador do Banco Central, Pedro Castro Silva.
Ao intervir na 2ª Edição do Angola Economic Outlook, sublinhou que a regulamentação bancária do risco climático vai juntar-se às já existentes, sobre risco de crédito, de liquidez, taxa de câmbio e taxa de juro.
“Ou seja, os bancos antes de concederem crédito para as pescas, desenvolvimento de um projecto agrícola, para diversificação, vão ter que ter em conta factores relacionados com a sustentabilidade e, provavelmente, o impacto que isso tem ao nível da sua base de capital”
Por outro lado, o vice-governador realçou que, apesar dos choques externos, e todo cenário internacional, os bancos no país têm 23,41% de rácio de capitalização, “superior ao mínimo de 8% que é exigido”.
De acordo com o mesmo, os bancos estão devidamente capitalizados, “para que, mesmo em cenário de recessão económica e outro tipo de risco, não haja qualquer situação de instabilidade no sistema financeiro”.