Galo Negro pede desculpas públicas às vítimas dos conflitos armados em Angola
Redigido por joaodesouzadubai on 11/09/2023
A UNITA pediu desculpas públicas às vítimas dos conflitos armados, ao povo angolano e a Deus, por tudo quanto de mal sucedeu ao longo do percurso de luta e resistência da UNITA para a conquista da democracia, liberdade em nome da paz duradoura em Angola.
Em conferência de imprensa nesta terça-feira, 5, na sede do Grupo Parlamentar da UNITA, em Luanda, o líder do maior partido na oposição, Adalberto Costa Júnior, lembrou que o seu partido sempre assumiu as suas responsabilidades perante a história, facto que disse ter sido ressaltado “na XVI Conferência Anual do Partido, em Abril de 2001”.
Adalberto da Costa Júnior disse que a UNITA reitera a sua posição, da criação de uma comissão da verdade e reconciliação nacional, para que os angolanos tenham a coragem de abordar, com responsabilidade partilhada, o seu passivo “enquanto irmãos da mesma pátria”.
“Tudo para que se possa partilhar visões condizentes à projecção de uma Angola capaz de criar condições políticas, económicas e sociais para assegurar o bem-estar material e espiritual dos cidadãos e o desenvolvimento do país”, salientou.
O pedido de desculpas da UNITA ocorrer quando uma a comissão que visa a reconciliação em memória das vítimas dos conflitos políticos (CIVICOP) leva a cabo um trabalho de buscas às ossadas e restos mortais das vítimas da violência atribuida à UNITA na JAMBA, antigo quartel general do Galo Negro no Quando Cubango e em localidades da província leste do Moxico.
UNITA exige reformas no CIVICOP aos propósitos da sua criação
Ao estar da polémica que pode recuperar a mentmória da guerra e beliscar feridas consideradas já saladas e cicatrizadas, Adalberto Costa Júnior avisou que vai abandonar a comissão que visa a reconciliação em memória das vítimas dos conflitos políticos (CIVICOP) se não tiver garantias de que as “secretas” deixaram de interferir com os trabalhos desenvolvidos por esta organização.
O líder do “Galo Negro” acusou os serviços secretos angolanos de manterem uma acção desestabilizadora na CIVICOP, desviando a missão desta dos seus propósitos iniciais, que eram a reconciliação nacional através da dignificação dos que tombaram duranteos diversos conflitos que o país viveu deste a independência.
Para a UNITA, a Comissão para a Implementação do Plano de Reconciliação em Memória das Vítimas dos Conflitos Políticos foi transformada numa arma de arremesso e julgamento público de adversários políticos como se fossem inimigos.
Entretanto , os responsáveis da comissão argmentam que o trabalho resumem-se na base da sua criação: resolver os casos das vítimas de todos os conflitos em Angola sem descriminação e nem influência política.